Muitas vezes pensamos que, para resolvermos algo, a solução passa por travar a fundo, parar tudo, deitar tudo abaixo e construir de novo. Contudo, a vida não pára e pede-nos um exercício diferente, o de sermos capazes de aproveitar o seu movimento, o seu ritmo e a sua direcção. Este é, talvez, um dos grandes desafios dos tempos que vivemos, pois o mundo fez uma paragem brusca e precisa, todos precisamos, de retomar um ritmo. No entanto, não faz sentido, nem vai ser possível, voltarmos ao que éramos ou estávamos, nomeadamente depois de um período de reflexão e de tomadas de consciência tão importante como este que ainda estamos a viver. Na verdade, é preciso olharmos bem para o que nos foi mostrado, voltarmos ao básico, à nossa essência, e usar tudo isso como matéria-prima para construirmos o nosso próprio caminho, passo a passo, tijolo a tijolo.

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