Abraçar a Vida

Bom dia!

Diversas vezes chegam até mim pessoas que, ao entrar num caminho mais espiritual, começam a desligar-se da vida terrena, colocando de lado algumas coisas muito importantes e começando a sentir uma insatisfação constante e uma revolta interior com tudo o que é desta densidade.

Acredito que uma das missões do ser humano na Terra é aproximar-se do divino, mas é preciso aprender a respeitar a vivência neste planeta e a compreendê-la duma forma muito profunda. Acredito também que aceitar uma vida na Terra é um acto de profunda coragem para todas as almas, até porque implica viver num estado muito denso, cheio de limitações e desafios. Contudo, sabemos que a Terra é uma espécie de bootcamp muito importante e especial, onde cada um de nós vem cumprir um propósito, crescer, evoluir, aperfeiçoar-se e, dessa forma, aproximar-se cada vez mais da Fonte.

Quando, na Terra, começamos a desligar-nos, porque achamos que estar conectados e totalmente focados no “alto” é que é certo, levando-nos a ansiar viver mais “lá” do que “cá”, começamos também a desconectarmo-nos daquilo que é o nosso propósito, daquilo que a nossa alma escolheu, num momento fora do tempo e do espaço, como caminho para poder crescer e evoluir, corrigindo questões já vividas e que, pelas mais diversas razões, não foram totalmente cumpridas.

Estar conectados com a Fonte, com as nossas famílias espirituais, ouvir a nossa alma, o nosso coração, é extraordinariamente importante, mas nunca nos podemos esquecer que é na Terra que escolhemos viver este estágio, e isso é algo que necessita da nossa atenção, do nosso cuidado, sob pena de, quer física, quer emocionalmente, nos desprendermos e fecharmos mesmo o nosso processo terreno sem o cumprirmos.

Parece estranho, parece complexo? Não é, de todo! A grande questão é que ao escolhermos uma vida na Terra, com uma família, com características pessoais e desafios individuais, tivemos a coragem de abraçar um desafio único e extraordinário, que deve ser vivido por completo, em absoluto, de coração aberto e alma receptiva. Cumprir esse propósito, experienciando aquilo que a vida terrena tem para nos oferecer naquele momento do nosso percurso enquanto alma, é aceitar cada aprendizagem, respeitar o nosso corpo, a nossa mente e, acima de tudo, o nosso coração, permitindo-nos deitar abaixo barreiras, bloqueios, medos, dúvidas e preconceitos, arriscando ser feliz, compreendendo que não viemos, de todo, à Terra para sofrer. Dessa forma, iremos sentir o nosso coração pleno de nós mesmos, pleno de Luz da Fonte, do Amor Divino, pois nesse momento somos capazes de abraçar a vida e marcar a diferença num planeta que está em ascensão, processo esse onde cada um de nós tem um papel essencial.

Boa semana!

Todas as categorias

Artigos recentes

Posts relacionados

Este site utiliza cookies para permitir uma melhor experiência por parte do utilizador. Ao navegar no site estará a consentir a sua utilização. Política de Cookies